O caráter da oferta que agrada a Deus


Texto bíblico: I Samuel 15.22


Introdução
Ao expormos brevemente esse assunto à luz do que revela a bíblia, é necessário falarmos sobre um princípio de suma importância: “A oferta possui um caráter pré-estabelecido na palavra, totalmente coerente ao caráter do seu doador, a fim de que possa ser aceita e agradável a Deus”, não devendo haver quaisquer divergências entre ambos, se isso ocorrer nossa oferta estará comprometida, independente das qualidades em si, posto que para Deus não interessa apenas a oferta mas também o ofertante, a despeito disso convém fazermos algumas interrogações conosco mesmo (Para quem estamos ofertando? Como estamos ofertando? Quais as reais intenções da oferta? E o que estamos ofertando?) Tais interrogações introspectivas são cabíveis ao ofertante, quanto a isso a bíblia recomendá-nos: Rogo-vos pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional (o culto pertencente a razão, oferecido de maneira responsiva quanto à compaixão de Deus) Romanos 12.1, seguindo essa linha, o salmista reconhecendo o quanto Deus o fez bem, falou a seguinte expressão: Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Salmos 116.12,17, certamente ele ofereceu a Deus o culto da razão e não deixou sua interrogação vazia (ele ofertou exatamente o que lhe era possível ofertar: Louvores e adoração), vejamos alguns exemplos do caráter da oferta.      

1º Primazia: A origem da oferta (entrega, doação, presente) está fundamentada no relacionamento de Deus com o homem, quem entrega, entrega para alguém, confere e confia neste alguém que aquilo que foi ofertado estará guardado, seguro, protegido e preservado, em certo sentido, foi Ele quem primeiro ofertou para Adão e Eva o jardim com todas as espécies de seres viventes (reino animal e reino vegetal) com base neste princípio o homem encontra-se na condição de reconhecer e retribuir para Deus uma oferta que O agrade, haja vista Ele ser nosso Criador, Mantenedor, Rei, Senhor e Salvador! Seu grande amor para o homem foi ofertado e na verdade nós só O ofertamos amor porque Ele nos amou primeiro, João 3.16, I João 4.19.

2º Qualidade: Caim e Abel ofertaram para Deus Gn 4.3,4 (demonstraram que ofertar era uma primazia, embora cada um com um tipo de oferta que lhes era possível dentro de suas possibilidades (Caim agricultor e Abel pastor), as ofertas de ambos alcançaram a primeira qualidade (primazia), no entanto não bastava apenas priorizar a oferta, era preciso que elas alcançassem a segunda qualidade (melhor) para que Deus tomasse prazer em recebê-las! É aqui que enfatizamos um princípio de verdade (o caráter do ofertante necessita está em sintonia com a sua oferta, não adianta tentar separar ou desconsiderar esses dois extremos, Deus conhece, olha e se importa tanto com um como o outro, Sl 149, porém primeiro sonda o ofertante depois a oferta, ambos são inseparáveis, não tem como falar sobre oferta sem notarmos a presença do ofertante, sem lembrarmos o caráter do ofertante, sem considerarmos as intenções do ofertante, sem olharmos para as atitudes do ofertante, Deus tem um olhar profundo para ambos, Ele olhou para Caim e sua oferta (fruto da terra) para Abel e sua oferta (ovelha) para a Viúva e sua oferta (02 pequenas moedas) para Saul e sua oferta (ovelhas e vacas) convém lembrarmos que era o melhor dos animais, porém o ofertante se encontrava desprovido de qualquer obediência a Deus, haja vista não ter atentado para a palavra de Deus, para Uzias e sua oferta (incenso) serviço sagrado confiado aos sacerdotes, porém também acompanhada de desobediência (prepotência demonstrada pelo desrespeito às regras e os limites impostos, reis, profetas, sacerdotes e levitas) para os sacerdotes e as ofertas contextualizadas no livro de Malaquias (sacrifício de animais cegos, coxos e enfermos), para Davi e a oferta (sacrifício de animais), para Abraão e a oferta (seu único filho Isaque); Esse elo constante entre ofertante e oferta é tão sério que somos ensinados a deixar a oferta na frente do altar e só apresentar depois que nos reconciliamos com nosso irmão caso tenha alguma coisa que contrária à comunhão fraternal, Mateus 5.23,24.

3º Generosidade: Não basta à oferta ser entregue com primazia e qualidade, ela necessita ser ofertada com boas intenções e com atitudes que transpareçam o verdadeiro caráter da oferta que agrada a Deus, visto ser possível a oferta ter prioridade e também ter qualidade, contudo não poderá agradar a Deus se não levarmos em conta seu princípio conjunto, tanto Caim como o Rei Saul e Uzias, entregaram uma oferta para Deus, porém o que fez diferença nas razões pelas quais Deus não tomou prazer nem aceitação em nenhuma delas foi exatamente porque nos corações e nas atitudes daqueles ofertantes não existia a presença de um caráter correspondente com o princípio da oferta.

Conclusão
Esse é um assunto importante no âmbito das ofertas que entregamos para Deus hoje, a maneira como entregamos? E com quais intenções entregamos? Precisamos repensar nisso e reconhecer a necessidade de valorizarmos a prática de tal princípio da oferta, não me refiro a damos o que Deus sabe que não temos, mas me refiro a damos o que Ele sabe que temos e que nos é possível ofertar (o melhor), lembre-se desses termos, quantidade e qualidade, sua oferta pode não ter volume, mas se ela tem PRIMAZIA, QUALIDADE e GENEROSIDADE, será agradável a Deus.

A paz do Senhor.

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