Para expormos o assunto acima, quero antes,
enfatizar algumas evidencias da atuação de diversos ensinamentos heréticos
pelos quais as primeiras igrejas cristãs foram por vezes ameaçadas, além da
perseguição literal e de fortes influências de práticas imorais; Seus líderes precisaram assumir uma postura apologética não só quanto à santificação do rebanho, mais também no que se refere à verdadeira instrução e a perseverança na pureza da fé (conjunto de
doutrinas que compunha o cristianismo), essa breve abordagem é necessária uma vez que
facilitará nossa compreensão acerca da divindade e da primazia de Cristo, pois é
aqui que daremos foco nos pontos a seguir.
Saliento que dentre as heresias
disseminadas sorrateiramente pelos falsos mestres, havia uma com raízes gnósticas,
esta por sua vez, comprometia seriamente a completa divindade e a humanidade de Jesus, sem falar das influências das religiões como o paganismo, o ocultismo e o judaísmo que de modo geral, marcaram as igrejas da época, contudo,
entendemos que quando Deus chama os homens para a sua obra, Ele também os capacita
para a defesa desta.
Espero que você faça uma boa leitura do conteúdo apresentado e que entenda a necessidade de reconhecermos a centralidade do
evangelho (Cristo), afim de que Ele seja verdadeiramente engrandecido
em nosso ser, em nossos ensinos, em nossas pregações, e em nossos cultos, nesse
sentido, que façamos de João 3.30 nosso texto áureo prático: É necessário que
Ele cresça e que eu diminua. I coríntios 2.1-2
1º Cristo é a imagem de Deus e o primogênito
da criação: Ao fazermos uma leitura progressiva em colossenses 1.15,
encontraremos tais termos, no primeiro Cristo é a exata revelação visível do
Deus invisível, Hebreus 1.3, no segundo Cristo está em uma posição de exaltação
e liderança, pois era isso que o termo designava entre as famílias judaicas. Colossenses
2.9.
2º Cristo é eterno e mantenedor de
toda a existência visível e invisível: Colossenses 1.16,17.
3º Cristo é a cabeça da igreja: Colossenses 1.18, observe as funções básicas que
tal membro exerce no corpo e sobre o corpo (pensamento, planejamento, direção e
coordenação) nenhum outro membro possui quaisquer atribuições, apesar de todos
serem úteis, todos são controlados pela cabeça, em resumo, Cristo é o vínculo supremo
capaz de promover a interação e a unificação da igreja, sem Ele, simplesmente
não existiria qualquer possibilidade de perfeita unidade cristã. João 17.23.
4º Cristo é o nosso único fundamento (alicerce ou base),
Colossenses 2.7, observe que Paulo não faz qualquer menção própria no momento que
pede para a igreja permanecer firme e segura frente às filosofias e doutrinas humanas
e mundanas, paralelo ao assunto, vale adicionarmos ainda, as divisões que
permeavam a igreja de corinto, lá Paulo também estava mencionado como líder preferido
de um grupo, além deste também tinha o grupo de Apolo, o grupo de Pedro e o
grupo de Jesus; Porém mais uma vez Paulo aproveita a oportunidade para
desestabilizar e desarticular tais divisões oriundas do egocentrismo, ao passo
que os instrui com um ensinamento coletivo de que Cristo é o único fundamento e
que ninguém consegue por outro em seu lugar, Paulo se auto-esvazia em nome dos
demais, afirmando que nem o que planta e nem o rega é alguma coisa, uma vez que
eles eram apenas cooperadores de Deus que plantavam e regavam, mas Deus era
quem dava o crescimento.
Todas as vezes que determinados assuntos
comprometem a meritocracia da pessoa de Cristo no seu evangelho, Deus não
costuma dá cordas e nem abrir brechas para quaisquer interesses, nesse
sentido, no evangelho a glória não é para o homem, porque quem brilha não é o
homem, visto que só Jesus é o sol da justiça profetizado por Malaquias e a estrela de Belém vista pelos magos, também quem faz não é o homem, quem é capaz não é o homem, quem tem não é o homem e quem pode não é o homem,
mas somente Jesus na vida do homem! I coríntios 1.28-31; I coríntios
3.6-11; II coríntios 10.17,18.
5º
Cristo é exaltado soberanamente: Este
é o estado incontestável e inatingível de Jesus, na história dos homens de
Deus, muitos foram exaltados, porém nenhum deles se encontra neste nível de exaltação
divina, somente Jesus visto que o mérito só pertence a Ele. Filipenses 2.9.
6º Digno
de adoração: Por mais que o paganismo seja praticado e que existam diversos
deuses, diversas seitas e religiões, somente o Jesus que é Deus, merece toda a nossa adoração
e confissão, Filipenses 2.10,11; Apocalipse 4.8-11; Romanos 14.11.
Conclusão
Diante do exposto, sem nos aprofundarmos
tanto nas demais referências do assunto, acredito ser possível compreendermos
porque o apóstolo Paulo registrou o conteúdo tão eficaz sobre a divindade da
pessoa de Jesus, bem como a sua primazia sobre tudo e sobre todos.
Conforme já mencionei, no evangelho não existe espaço para gente altiva que costuma buscar seus próprios interesses e suas próprias satisfações (egocentrismo), posto que os valores nele contido são antagônicos a nossa visão e razão humana (quem se exalta é humilhado, mas quem se humilha é exaltado, quem pensa que é forte, é fraco, mas quem pensa que é fraco, é forte), com isso entendemos: O fato de termos sido chamados por Deus para fazer parte do evangelho do seu filho, significa que devemos reconhecer a nossa necessidade de esvaziamento contínuo, visto que Cristo é o senhor da nossa vida e da nossa vontade, tudo deve subsistir unicamente por causa da sua vida, do seu amor, do seu sacrifício e da sua vontade.
Quando percebemos que a natureza humana que engrandecer o nosso eu, lembremos que ela não tem mais domínio sobre nós, uma vez que a nossa vida já está sendo vivida por uma outra vida! Gálatas 2.20.
"Já estou crucificado com Cristo, e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim, e a vida que agora vivo na carne vivo-a, na fé do filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim".
A paz do Senhor!