Trajetória cronológica, congregacional e eclesiástica


Afim de registrar e manter um histórico cronológico, atualizado e integral, com respeito a minha trajetória congregacional e eclesiástica de vida cristã na AD Caaporã, pontuarei a seguir os respectivos períodos e fatos ocorridos ao longo de tal trajetória(tempo de permanência local e ocupações exercidas). 





1º Fonte Viva - 05/2000 até 12/2002

Conversão: 24/05/2000(no templo central, ocasião de um círculo de oração pela manhã).

Batismo em água: 30/09/2001(no templo central) 

Ocupação exercida: Cooperador e membro do quadro de dirigentes de cultos relâmpagos.

2º Manancial - 01/2003 até 01/2012

Separação para o quadro de Auxiliares: 01/2003

Batismo no Espírito Santo: 19/05/2006 

Ocupações exercidas: 2º dirigente e professor de E.B, tesoureiro, dirigente de evangelismo e 2º dirigente da congregação, ladeado ao dirigente Pb. José Paulo

Ocupação extra: Membro do quadro de apresentadores do programa de rádio cristocêntrico(na difusora Caaporã FM 98.5) a partir do segundo semestre do ano 2010.   

  3º Rosa de Sarom - 01/2013 até 12/2014

Separação para o quadro de Diáconos: 15/11/2013(no templo central estadual em João Pessoa)

Ocupações exercidas: Professor de E.B e dirigente de evangelismo, ladeado ao dirigente Pb. Flávio Inácio.

Ocupação extra: Membro do quadro de apresentadores do programa de rádio cristocêntrico(na difusora Caaporã FM 98.5) até 30/06/2013.

Membro do quadro de apresentadores do programa de rádio voz profética(na difusora Caaporã FM 98.5) a partir de 01/03/2014  

4º Bem Aventurada - 01/2015 até 04/2016

Ocupações exercidas: 2º dirigente da congregação, dirigente e professor de E.B, ladeado ao dirigente Pb. José Paulo.

Ocupação extra: Membro do quadro de apresentadores do programa de rádio voz profética(na difusora Caaporã FM 98.5) até 04/05/2015.

Membro na composição do quadro de secretários de missões, ladeado à coordenação da SEMADEC(secretaria de missões da AD em Caaporã), a partir de sua fundação em 05/08/2015 até 12/2023. 

5º Nova Canaã - 05/2016 até 01/2017

Ocupações exercidas: Cooperador e professor de E.B, ladeado ao dirigente Pr. José Gomes. 

6º Brejo de Lima - 01/2017 até 03/2019

Ocupações exercidas: 2º dirigente da congregação, dirigente e professor de E.B, ladeado ao dirigente Pb. Leyvisson Karlos

Ocupação extra: Breve retomada na composição do quadro de apresentadores do programa de rádio voz profética(na difusora Caaporã FM 98.5) de 01/02/2018 até 30/09/2018.

7º Nova Vida - 03/2019 até 01/2020

Ocupações exercidas: Cooperador, professor de E.B e 2º dirigente de evangelismo, ladeado ao dirigente Pb. Flávio Inácio

  8º Rosa de Sarom - 01/2020 até o presente.

Ocupações exercidas: 2º dirigente da congregação e professor de E.B, ladeado aos dirigentes Ev. José Messias, Pb. José Pacheco, Pb. José Paulo, Ev. Ednaldo Firme, Ev. Eliezer Sousa(atual dirigente).


A título de informação sobre a razão de tal roteiro congregacional, via de regra ocorre de acordo com a nomeação pastoral, através de escalas anuais elaboradas a partir do quadro de obreiros(auxiliares, diáconos, presbíteros e evangelistas), e em seguida comunicada à igreja.

Mas como em toda regra há exceção, nomeações eventuais e independente também podem ocorrer quando necessário, bem como eventuais motivos pessoais por parte de obreiros, eu por exemplo atuei na e congregação em razão de mudanças de endereços residenciais para os bairros de tais congregações, ainda assim, o início da minha inclusão nas escalas se deu a partir da congregação.

No uso da minha sã consciência de servo, sou eternamente grato ao meu Senhor, primeiro pelo seu gracioso dom da vida e sua tão grande salvação, e segundo pelas inúmeras oportunidades e desafios que me foram confiados e delegados através de minhas lideranças(contemporânea e atual) ao longo dessa trajetória, não apenas "itinerante"e de ocupações eclesiásticas que em si são temporais e passageiras, mas de aprendizados e experiências significativas no serviço sagrado, bem como na minha vida pessoal(desenvolvimento e amadurecimento cristão).

 Thanks my God!

A paz do Senhor.

Recordações evangelísticas de cultos relâmpagos


"O homem passa o seu tempo buscando as coisas do mundo, se inclinando para as coisas do mundo e nunca busca a salvação que há em Cristo; Ai um caso pior quando a sua vida terminar aqui na terra; Mas Deus ama o homem e tem enviado Jesus para salvar o homem, e todo aquele que quer ser salvo, decidindo sua vida para Cristo, com certeza terá em sua vida e no seu coração, a certeza de salvação" (trecho de uma pregação do dirigente irmão Zezinho "evangelista").  


Como não é possível narrar a importância de fatos desprovidos de personagens, preciso expor em breve linhas meu parecer cristão sobre o empenho e a dedicação deste servo de Deus na condução de tais trabalhos, em resposta ao seu chamado evangelístico por trás é claro, da direção do Espírito Santo que o conduzia nessa nobre missão!

Já um pouco antes mas principalmente depois da minha até então recente conversão em 24/05/2000(primeiro passo), Ancelmo Oliveira, popularmente conhecido como Zezinho "evangelista", tornou-se para mim um referencial de testemunho e conduta de fé cristã, pois foi através desses trabalhos evangelísticos que tive oportunidade e direcionamento prático no começo da fé, uma vez que exerci o dever cristão de pregar o evangelho a toda criatura, conforme Mc 16.15, apesar de ainda recém convertido e sem imaginar que ali começava meus passos seguintes no aprendizado, envolvimento e desenvolvimento na obra evangelística(missões local).  

Seu título de "evangelista", foi reconhecido pelo saudoso pastor Crispim em razão de seu chamado, vocação e afinidade com a poderosa pregação do evangelho nos sítios e bairros de Caaporã(Pindorama, Nova Caaporã, Santo Antônio, Centro, Multirão, Cinco Bocas, Piquete, etc.).

Os cultos normalmente ocorriam à pedido dos irmãos, mas também por iniciativa do referido dirigente que além dessa demanda, também portava uma autorização legal concedida pelo prefeito para realização de tais trabalhos via recursos de departamentos públicos(mediação do espaço físico e energia elétrica), em eventuais ocasiões, conforme as necessidades locais. 

Tais trabalhos eram bem requisitados, uma vez que devido as circunstâncias da época, a maioria das congregações ainda não utilizavam o projeto de som integrado via carroça, muitas vezes se valiam de equipamentos de som dos tipos caixa ou corneta("bocão") ou ambos, que em si eram de locomoção inviável, uma vez que careciam de um meio de transporte para condução até o local destinado, montagem, desmontagem e regresso dos mesmos até a congregação, nesse sentido seu equipamento de som via carroça atendia as demandas locais com menor dificuldade e maior eficiência, uma vez que foi projetada por ele para este fim.  

Recordo uma vez que estávamos cultuando no bairro Multirão, recebi a oportunidade, tinha me preparado para cantar, treinei o hino em casa, anotei a letra e levei o rascunho, mas na hora "H" fiquei nervoso e travei! Mesmo com o hino na mão não consegui continuar e devolvi a oportunidade, naquele dia senti medo e vergonha, fiquei nervoso!(coisas que um novo crente sabe como é).

Quando disponível costumava participar, apreciar suas pregações bíblicas e evangelísticas, orar, dá uma palavra de saudação e louvar quando recebia oportunidade; Tudo isso foi para mim uma "escola de missões" em praça pública, cujo ensino era de aplicação prática! 

No período que participei posso afirmar, fui testemunha ocular das maravilhas que Deus realizou em determinados cultos relâmpagos(livramentos, libertação e salvação etc.)

Com relação ao trecho citado no início do post, faz parte de uma pregação de sua autoria, como na época não tínhamos acesso a celular, recordo-me que comprei um mini gravador portátil de fita cassete e tive a ideia de levá-lo para um daqueles cultos relâmpagos, a intenção era registrar a mensagem pregada e de alguma forma também aprender a pregar; Hoje nem o gravador nem a fita existem mais, porém de tanto ter ouvido a gravação do áudio "salvei" em memória. 

A título de conhecimento sobre o querido irmão Zezinho "evangelista", seu chamado e cumprimento do ministério evangelístico foi tão próspero e promissor que se expandiu além de Caaporã(PB) para outras cidades e estados brasileiros, a exemplo (PE,AL,SP).

Que Deus em Cristo direcione, use e abençoe o seu servo na pregação do evangelho sem fronteiras! 

Paralelo a esses cultos acima citado e de atuação mais genérica nos bairros de Caaporã, outro trabalho evangelístico porém mais específico também ocorria e ganhava notoriedade local em razão de sua efetividade, permanência e aderência; Tal trabalho tinha como dirigente o irmão Manoel Ancelmo(pai do próprio irmão Zezinho), pioneiro na implantação e condução desses cultos no bairro, uma vez que cultos relâmpagos não era ainda tão comum nos demais bairros da cidade de Caaporã como um todo.     

Passei a participar e continuei ainda mais envolvido e comprometido, os cultos normalmente contava com a participação de outros filhos do irmão Manoel Ancelmo e alguns outros irmãos, todos oriundos da congregação Fonte Viva localizada no bairro Santo Antônio, da qual eu também fazia parte, inclusive esta foi a minha primeira congregação.

Lembro que na época foi idealizado e oficializado uma escala periódica compondo um quadro de irmãos cooperadores para direção destes cultos relâmpagos, o que tornou o trabalho ainda mais interativo e dinâmico, oferecendo oportunidade de desenvolvimento coletivo em tal demanda evangelística.

Tal trabalho local permanece ativo, atualmente com a maioria do quadro renovado, exceto o dirigente principal que apesar de ser outro irmão(Edvaldo Pereira), também integrava o primeiro quadro de cooperadores da época.

Ao longo dos anos(2000-2021) a abrangência de cultos relâmpagos se expandiram por toda Caaporã, de modo que hoje a maioria das congregações aderiram e viabilizaram o uso tradicional e prático do projeto de som integrado via carroça, inclusive com tecnologia inovadora e avançada, a exemplo destacável, a congregação Nova Redenção(pioneira no projeto de som móvel movido a bateria automotiva e energia elétrica), o que literalmente possibilitou a realização de culto móvel com maior atuação territorial e não apenas local(área urbana ou zona rural), mesmo que em eventual queda/falta de energia elétrica local, tal projeto possibilita a garantia de continuidade de culto, uma vez que dispõe de dupla de fonte de energia, poderá ser acionado no modo bateria devidamente recarregada.

A paz do Senhor.

Como desenvolver o caráter cristão vivendo em um mundo anticristão?


 Texto bíblico: Gálatas 4.19

 Pontuarei no decorrer desse post, 06 tópicos indispensáveis e fundamentais ao crente em Jesus, face ao contínuo e necessário crescimento e amadurecimento do caráter cristão pós regeneração(nascimento espiritual) por ocasião da conversão; Farei também, uma breve definição dos termos caráter e mundo anti-cristão e por fim, algumas considerações e objetivos relevantes, no dado contexto dos dias atuais. Vem comigo!

Entende-se por caráter, um conjunto de qualidades boas ou más que diferenciam indivíduos uns dos outros, caráter é ainda, uma marca ou um traço distintivo do modo de ser individual ou coletivo.

No caso do caráter cristão, a tradução do termo em si é sugestiva, uma vez que sua junção pré-define Cristo, ou seja, são as qualidades comunicáveis da pessoa de Cristo desenvolvendo-se na pessoa do cristão por intermédio do Espírito Santo, de modo gradativo. Pv.4.18; Gl.4.19; 5.22 Exemplos: Amor, fidelidade, felicidade, justiça, mansidão, paciência, bondade, misericórdia, prudência, humildade, obediência, sinceridade, pacífico etc...

Quanto a definição de mundo anti-cristão(não obstante o próprio ego pecador), é a era ou sistema contemporâneo e atual, de ações influenciadoras e de natureza nociva, hostil, destrutiva e demoníaca, cujo "príncipe endeusado" é o próprio satanás, portanto, tal mundo é absolutamente contrário a tudo que se refere a Deus. Vejamos as referências afirmados pelo próprio Jesus e pelos apóstolos: Mt.4.8,9(seu poderio apesar de limitado); II Co.4.4(sua cegueira mental lançada no intelecto dos homens); Jo.14.30(tal entidade não tem parte com Cristo); Jo.15.18,19,20;Cl.1.13(tal mundo odeia e persegue Cristo e a sua igreja, visto que esta foi tirada do mundo e não é deste); Jo.16.11(tal príncipe já está julgado); I Jo.5.19(o mundo infelizmente está nele); Rm.12.2; I Jo.2.15,16(os cristãos são proibidos de conforma-se com o mundo e de o amar, visto que a soberba da vida e os desejos desenfreados da carne e dos olhos atuam em tal sistema); Tg.4.4(manter amizade e "simpatia" com tal mundo, resulta em inimizade contra Deus).

Vejamos:

1- Testemunho cristão 

Os discípulos foram comparados ao "sal" da terra(conservar, influenciar e intensificar sabor) e a "luz" do mundo(iluminar em meio as trevas), tais figuras de linguagens proferidas por Jesus, visava destacar o distintivo papel do discipulado cristão(perceptível, influente e eficaz), no contexto de um mundo anti-cristão.

É dito ainda com respeito ao sal, que se este for insípido perde sua pureza e torna-se ineficaz, ou seja, não gera os resultados esperados com eficiência, visto que na sua essência(composição física), tem outro elemento misturado, comprometendo sua pureza e eficácia. Mt.5.13; Lc.14.34,35

Observe que nem toda mistura gera resultado positivo, sejamos sóbrios na construção e manutenção de nossos relacionamentos interpessoais(físicos e virtuais), pode-se está junto, sem contudo está misturado. Pense nisso!

Com relação a luz, Jesus aludiu-a a uma cidade edificada no monte(não se pode escondê-la), reafirmou ainda, a luz aludida a uma candeia cujo costume "estratégico" da época era colocá-lo em cima(no velador) e não embaixo(no alqueire).

De igual modo o brilho do caráter cristão não deve ser omitido, ofuscado, reduzido ou inferiorizado, mas perceptível e ampliado no mundo(a todos que estão na casa), assim resplandeça a vossa luz diante dos homens. Mt.5.14-16    

Faço a seguinte consideração aos nossos dias; Tal testemunho deve ser mantido e expandido para além das práticas realizadas na igreja, nos cultos, no altar, no púlpito e no uso do microfone para orar, louvar, ensinar e pregar, uma vez que a sua abrangência enfática é o mundo, conforme dito por Jesus.

Torna-se então, inadequado e até desconfortável para o cristão em sua sã consciência, intentar expressar ou "improvisar" ainda que circunstancial, um caráter "convencional e adaptável", dúbio e desassociado da fé, em razão da convivência nos ambientes seculares, afim de não ser ignorado pelo todo(familiar, amigável, educacional, profissional etc...); Visto que a cultura que circunda e entremeia tais ambientes, desconstrói e descredibiliza o próprio testemunho cristão ora já publicado, uma vez que não coaduna, não simpatiza e não comunga com tal fé. 

Conclui-se portanto, que independente dessa real convivência secular e pós-moderna, o cristão precisa imparcialmente se posicionar, se pautar e se portar como convém ao santos, afim de fazer jus a sua própria identidade cristã. Ef.4.1-3; I Pd.2.12

2- Renúncia

Segundo o dicionário bíblico, significa deixar para trás(abandonar interesses próprios).

Mas se já sou crente e recebi o caráter cristão após minha conversão, porque ainda devo renunciar, ou melhor, deixar para trás tais interesses outrora praticados? Vamos lá.

R- Porque o caráter cristão apesar de gerado no ato da regeneração no humano(nascimento espiritual), por ocasião de sua conversão motivada em especial pelo Espírito(convencimento glorificável da obra salvífica e vicária de Jesus), prossegue para além desta, atuando intrinsecamente em todas as áreas de sua convivência social, tal caráter no entanto, embora ainda recém presente, não é percebido no mesmo tempo de atuação da regeneração, uma vez que esta ocorre de imediato, a exemplo o ladrão arrependido na cruz ladeado a Jesus, tivesse ele oportunidade de vida física, certamente o teria expressado e materializado, embora não exatamente no dado momento de sua conversão mas sim no decorrer de sua convivência prática no seio social. Lc.23.42,43

A renúncia é um requisito condicional(se), esperado já no início e na continuidade do discipulado cristão; Com vista nesse termo específico e alusivo a temática do livre arbítrio(capacidade de escolha), Jesus foi enfático ao pregar para os seus discípulos sobre a necessidade de auto-negação, ou seja, negar os próprios interesses e vontades do ego. Mt.16.24; Lc.9.23;14.27,33 

Sem receio na fala, Jesus, apesar de sua amorosidade indiscutível, pregava e ensinava mensagens que contrariavam e confrontavam interesses e motivações pessoais do seu público e até mesmo de seus seguidores.  

Os cristãos dos primeiros séculos também foram exortados a prática contínua de tal renúncia, em vista da impiedade e dos desejos desenfreados e mundanos, a fim de que vivessem com sobriedade(prudência, sensatez), justiça e piedade. Tt.2.12

A igreja cristã em Laodiceia, foi seriamente advertida e repreendida, visto negligenciar a prática da renúncia, se renderam e aceitaram conformadamente e confortavelmente as influências materialistas e avarentas do seu convívio social, culminando no terrível egocentrismo, ou seja, na falsa e infundada sensação de "total independência de Deus"(rico sou e de nada tenho falta), tal igreja foi corretamente disciplinada e instruída pelo seu Senhor amoroso, a fim de voltar aos "trilhos" da fé, cuja vida cristã outrora fora praticada e conduzida. Ap.3.17-19

3- Sacrifício

Não no contexto do V.T, visto que ali a vitima era animal(sombra do N.T), mas no contexto da nova aliança, uma vez que a vitima foi o próprio filho de Deus(o cordeiro). Jo.1.29

São várias as referências desse assunto, citarei algumas apenas.

Começando pelo sacrifício de Cristo, cujo martírio foi por meio da cruz, não por acaso Ele próprio pregar no imperativo o "tomar a cruz" e segui-lo, é evidente que o uso de tal termo transmiti-nos em seu sentido geral, a ideia de sacrifício e até mesmo de morte, haja vista no evangelho o discípulo ser ensinado por exemplo, a perder para ganhar, segundo Jesus, quem encontrar a vida perdê-la-á, mas quem perder a vida por amor a Ele achá-la-á! Isso é paradoxal a lógica humana. Mt.10.38,39;16.24

Em outra referência, no culto de louvor e adoração racional, os cristãos são convocados a apresentar para Deus os seus próprios corpos como sacrifício vivo, santo(separado) e agradável. Rm.12.1; II Co.5.15

Nas cartas apostólicas com destaque aos escritos de Paulo, o contexto da cruz é reafirmado com bastante ênfase, tanto em sentido espiritual como literal, aos Gálatas por exemplo, o apóstolo fez uma profunda e auto-declaração de fé típica do cristianismo praticado, visto está estritamente crucificado com o seu mestre(Cristo), a tal ponto da sua vida ora vivida, já não ser mais sua e sim de Cristo, uma vez que Este passou a viver em seu viver! Gl.2.20;6.12,14,17.

Aos cristãos em Roma e Filipos, Paulo os estimula e os encoraja a partir da prática do seu próprio testemunho(o viver é Cristo e o morrer é lucro), na vida ou na morte Cristo é inseparável! Rm.8.38;14.8; Fp 1.20,21   

Os ensinos e aplicações práticas decorrente da cruz, é realmente muito amplo na composição literária do N.T(sacrifício e morte física e simbólica), o batismo em água por exemplo, é em si uma simbologia pública do que já ocorreu na vida interior do discipulado(a água é o "mundo", a imersão a "morte" e o ressurgir desta é a "nova vida com Cristo"). At.8.36-38

Por fim, segue ainda uma síntese aos irmãos em Colossos, ali Paulo enfatiza o morrer se referindo a morte deles na morte de Jesus, visto que esta morte foi o castigo(juízo de Deus) pelos seus próprios pecados ora quitados no emblemático e maior símbolo do cristianismo(a cruz).

No aspecto da santificação(processo contínuo), em oposição ao pecado, o apóstolo usa o termo mortos(mortificar ou fazer morrer), no sentido de se manter esforço sacrificial frente a velha natureza pecaminosa, arraigada no próprio ego. Rm.6.1-4; Cl.3.5

4- Viver em Espírito

Tal tópico é indiscutível quanto a integridade e plenitude da vida cristã, posto que sem a presença do Espírito Santo é impossível haver formação, desenvolvimento e amadurecimento do caráter cristão, visto ser Este o responsável pela produção frutífera de tal caráter. Gl.5.22

Diante da realidade do pecado e a necessidade de santificação, os cristãos uma vez quebrantados, rendidos e entregues a ação do Espírito Santo, são identificados como discípulos de Cristo por crucificarem a carne com as suas paixões, afim de viver sob o comando de tal Espírito e evitar o cumprimento e as manifestações das obras da carne.

Com vista nessa oposição interna, conflitante e desafiadora ao discipulado, cuja natureza humana proveniente do velho Adão, é incompatível e antagônica a natureza do Espírito Santo e do caráter de Cristo ora produzido por Este, a única via de progresso então, para que haja desenvolvimento e amadurecimento de tal caráter, é viver e andar em Espírito e ainda ser guiado por Este! Gl.5.16-18,24,25

Vejamos outra breve referência ainda nas cartas de Paulo, cujo exemplo utilizado por este foi a conduta desenfreada dos incrédulos, a fim de instruir corretamente os irmãos em Roma, baseado nos fatos comuns de sua época.     

O andar na carne se opõe tragicamente para além da vida cristã, uma vez que também tem implicações diretas e até irreversíveis no público não evangélico:

1- Resulta em morte(física,espiritual e eterna). Rm.8.6

2- Resulta em inimizade contra Deus. Rm.8.7

3- Resulta em impedimento para agradar a Deus. Rm.8.8

5- Viver em oração

Sem se estender nesse amplo assunto, citarei um breve comentário referenciado, a fim de avançarmos para o próximo e último tópico.

Orar é muito mais do que falar com Deus, sua prática envolve e contribui para a manutenção e o desenvolvimento de todo um conjunto de intenções, gestos, sentimentos, atitudes, características e expressões típicas do discipulado cristão(confissão, intercessão, humildade, gratidão, dependência, prudência, paciência, comunhão e intimidade etc...).

Diz algumas frases de autoria desconhecida: 

1- "Tudo só começa bem, quando se começa com oração"! 

2- "Muita oração muito poder, pouca oração pouco poder, nenhuma oração nenhum poder"! 

Poderíamos expandir o sentido e aplicação da frase(Muita oração muita gratidão, pouca oração pouca gratidão, nenhuma oração nenhuma gratidão e muita murmuração! Muita oração muita dependência, pouca oração pouca dependência, nenhuma oração nenhuma dependência e muita insubmissão!).          

Jesus foi a maior inspiração para os seus discípulos, visto que sua vida e seu ministério não se limitavam aos seus ensinos e pregações, mas se pautavam pela prática da oração, razão pela qual foi requisitado a ministrar tal ensino para os seus discípulos(seguidores). Mt.14.23;26.36; Lc.11.1-4

Estes, mediante um pedido coletivo(Senhor ensina-nos a orar), reconheceram suas carências na disciplina de tal exercício espiritual, bem como suas necessidades de aprendizado(crescimento).  

Paulo estimulou e pediu aos irmãos que perseverassem na oração e que também apresentassem por ocasião desta, necessidades espirituais no âmbito ministerial. Rm.12.12; Cl.4.2,3

A igreja primitiva por sua vez, não abriu mão desse recurso espiritual, mesmo com a recente partida de Jesus ao céu, permaneceram unidos no propósito da oração. At.1.14

Emfim, era esse o contexto da igreja cristã dos primeiros séculos, perseverança irrestrita e inegociável aos princípios básicos da fé cristã(palavra, comunhão e oração). At.2.42

Que tomemos para os nossos dias, tal exemplo de perseverança, afim de que haja manutenção, equilíbrio e coerência cristã nos princípios da fé um dia vivido, uma vez que essa tríplice doutrinária(palavra, comunhão e oração) é uma junção inseparável e essencial ao crescimento e amadurecimento salutar da igreja cristã local/universal.

6- Leitura e prática da palavra

Por fim chegamos ao último tópico coincidentemente em apocalipse!

O apóstolo João escreveu: Bem aventurado aquele que lê, os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisa que nela estão escritas, porque o tempo está próximo. Ap.1.3

Atentando com diligência textual, vejamos acima os requisitos dessa bem aventurança: Lê, Ouvir e Guardar.

Prosseguindo nessa referência de bem aventurança, o livro Salmos "capítulo 1", também expõe em seu prefácio um relato bem semelhante.

O varão bem aventurado é aquele que além sensato e santo, tem apreciação contínua nos escritos de Deus: Prazer, leitura e meditação na palavra.

O resultado prático e benéfico para tal perfil cristão, é a produtividade e a frutificação saudável, visto ser comparado a uma árvore frutífera e frondosa.

No mesmo livro temos ainda outras expressões de um perfil de varão bem aventurado:

Aquele que anda na palavra. Sl. 119.1; Aquele que observa a palavra afim de purificar o seu caminho. Sl. 119.8,9; Aquele que esconde(guarda) a palavra afim de não pecar contra Deus. Sl.119.11

Aquele que alegra-se com a palavra. Sl.119.16

Como é benéfico e edificante a leitura da palavra, ainda mais quando se respeita sua exegese, ou seja, sua interpretação própria ao invés de uma interpretação imposta(eisegese).

O contexto do Eunuco pode exemplificar esse assunto, visto que estava lendo a palavra porém ainda não estava entendendo, e só pôde entender e compreender corretamente, pelo método de interpretação aplicado por Filipe, quando este por sua vez, subiu em sua carruagem e o ensinou. At.8.28-35

Observamos acima, a importância não somente da leitura, mas também da correta compreensão, visto que embora a leitura do Eunuco estivesse acontecendo, sua compreensão até então, não estava funcionando!

Contudo, enquanto Filipe o ensinava, ele atentamente o ouvia(o crê vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus). Rm.10.16,17 

Nesse sentido o apóstolo Tiago é preciso e prático, como é conhecido nos seus escritos gerais.

"Todo homem esteja pronto para ouvir". Tg.1.19

Independente de quaisquer áreas da vida(familiar, amigável, educacional, profissional, religiosa), devemos manter nossa audição aguçada e atenciosa.

Não conheço a autoria dessa essência frasal: "Quem não senta para ouvir, não está apto a se levantar para ensinar".

Tal frase tem total coerência e aplicação, visto que se não tivermos auto-reconhecimento(humildade), sobre a necessidade de crescimento e amadurecimento para a partir do ouvir, ser possível também entender, compreender e aprender, como estaremos aptos para ensinar? Ou como estaremos aptos para liderar?

E se porventura ignorarmos e negligenciarmos tal humildade no saber cristão, "fazendo de conta" que isso não é importante para a formação do nosso caráter cristão, como haverá crescimento e amadurecimento em tal caráter?

Jesus estava ensinando na sinagoga de Cafarnaum sobre o pão da vida, na ocasião Ele se auto-intitulou comparando-se a tal elemento, no contexto tinha muita gente o "seguindo", mas estes por sua vez com interesses divididos entre si, ou seja, divergentes da verdadeira razão e motivação do discipulado cristão.

Após o ensino, muitos desses "discípulos" ouvindo tais palavras, fizeram uso descabido de ignorância e negligencia do aprendizado ora proposto por seu mestre, uma vez que suas reações foram de rejeição e abandono! Jo.6.22-69

Esses discípulos desistentes eram na verdade "seguidores de conveniência", ou seja, o seguiam por motivações equivocadas e enquanto suas demandas físicas lhes eram supridas; Diferente daqueles que mesmo em liberdade de escolha proclamada quanto ao retrocesso, declararam, apesar de suas falhas, permanência ao seu mestre, posto o ouvirem e guardarem suas palavras, e palavras estas de vida eterna!

A parábola do bom samaritano, com seu clássico ensino de amor ao próximo, também tem um conteúdo exortativo na composição deste tópico. 

Visto que entre os personagens narrados(o sacerdote e o levita), diferente do samaritano, não praticaram a devida atitude amorosa para com o próximo, cuja sobrevivência estava por um fio! Lc 10.25-37

Apesar do exercício ativo na leitura, na audição da lei e no conhecimento advindo desta, faltava-lhes a prática(atitude), ou melhor, o cumprimento coerente e correspondente com o mandamento da lei que estes mesmos "guardavam"(amar a Deus e ao próximo). Mt.22.37-39; Tg.2.9-10

Nesse sentido, o apóstolo Tiago mas uma vez é direto(sede cumpridores da palavra e não somente ouvinte)Tg.1.22,23

No contexto de nossos dias, reflito sobre algumas questões pertinentes:

1- Quais tem sido as motivações pela busca do conhecimento da palavra de Deus? 

2- Quais tem sido as motivações pelo ensino da palavra de Deus?

3- O ensino e aprendizado da palavra de Deus, adquirido nos centros acadêmicos e nos templos(EB), tem sido aplicado fora destes?

4- O conhecimento da palavra de Deus tem influenciado nossas atitudes para com o próximo?

Por fim, menciono os dois fundamentos, conforme ensinado por Jesus, sobre a importância da audição e da prática da palavra. Mt.724-27

A comparação em si é de fácil compreensão, todavia sua prática não é de tão fácil aplicação.

Os personagens e elementos são propositadamente controversos(o homem prudente e o homem insensato, a rocha e a areia), prudência fala da capacidade para discernir por meio de atitudes(corretas e adequadas), sobre pessoas, local, coisas, tempo e circunstâncias; O insensato seria o oposto, assim como os materiais comparados, a rocha fala de fundamento, firmeza e segurança, a areia fala o oposto.


Sem mais, concluo:

Ao longo do post foi possível perceber o vínculo que cada tópico apresentou em relação a temática do assunto como um todo(o desenvolvimento do caráter cristão), isso porque tais tópicos contribuem no processo de forjamento, lapidação, formação, desenvolvimento e amadurecimento do caráter cristão.

Apesar de sabermos que o agente essencial e responsável maior pela realização cabal de tal atividade na vida do cristão é o Espírito Santo, conforme destacado no tópico 4(viver em Espírito), não devemos ignorar que Sua atuação nos assiste e estimula a termos participação ativa, envolvente e significativa em todos os tópicos ora pontuados(no testemunho cristão, na renúncia, no sacrifício, na oração e na palavra de Deus), uma vez que seus propósitos dentre outros, é glorificar Cristo na integridade e totalidade de nossa vida cristã. 

Por falar de responsabilidade, não devemos omitir nem procrastinar nossa participação voluntária(entrega consciente), uma vez que tal conduta desprovida de iniciativa resulta em paralisação ou estagnação, tanto no saber cristão, como no processo de formação do seu caráter. Hb.5.12      

No tópico 5 pontuei já no final o que nomeei de tríplice doutrinária(palavra, oração e comunhão), e mencionei a necessidade de aplicarmos para os nossos dias, o exemplo da igreja cristã dos primeiros séculos, afim de sermos influenciados e motivados na manutenção, equilíbrio e coerência cristã de tais doutrinas, as quais devem ser buscadas em linhas paralelas, afim de não acarretar desequilíbrio e incoerência, entre outras coisas.

Pois se apenas existir buscas isoladas, por exemplo, a priorização na leitura/conhecimento da palavra sem a ponderação necessária à prática da oração, tal postura não deixará de resultar em "crescimento" no âmbito do saber cristão, porém ocorrerá de forma desequilibrada e incoerente, e resultará em mero "intelectualismo".  

De igual modo, a priorização da oração sem a ponderação necessária acerca da leitura da palavra, não podemos afirmar que em tal postura não haverá "crescimento" na comunhão com Deus, porém também ocorrerá igualmente a condição acima citada, no risco de se "espiritualizar" as coisas ao extremo, inclusive a própria responsabilidade do saber cristão(leitura/conhecimento da palavra), sob o pretexto de espiritualidade desprovida de quaisquer responsabilidade.

Ambas as priorizações acima, também refletem na comunhão fraterna, visto ser um desequilíbrio e uma incoerência, alguém ser balizado no saber cristão(conhecimento da palavra), mas não amar ou aborrecer os seus pares, o mesmo também se aplica aos cristãos de oração, chamados de "espirituais".

Não se trata portanto, de inferiorizar e defender uma ou outra doutrina, visto que as três são importantes, podemos recorrer a Tiago novamente, a fim de compreendermos a necessidade de decência clara nesse vínculo de fé ora publicada em relação a Deus e ao próximo. 

E se o irmão ou a irmã, tiverem necessidade de vestes e alimentos cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquietai-vos e fartai-vos, e não deres as coisas que lhes são necessárias, que proveito virá daí? Tg.2.14-16

Condutas extremistas como estas, revelam não só as fraquezas, omissões, negligências e as relutâncias do ego humano, mas também a necessidade de rendição e quebrantamento deste à pessoa do Espírito Santo, a fim de que o caráter cristão seja então formado, desenvolvido e amadurecido.  

Ao intitular a temática desse post, propositalmente interrogativa, não tive quaisquer objetivos de atribuir para o humano uma competência divina(meritória e exclusiva do Espírito Santo); No entanto, também não busquei anular ou isentar o comportamento responsivo do cristão no uso do seu livre arbítrio, afim de se corresponder a tal competência!    

Quanto aos objetivos gerais, segue: 

1- Destacar a importância e a relevância do caráter de Cristo em nós

2- Incentivar e motivar o exercício do discipulado cristão 

3- Valorizar e reconhecer a importância do discipulado cristão local e mundial 

 4- Glorificar a Deus pelo conteúdo editado à luz da Sua palavra 

5- Abençoar as vidas dos amados e prezados leitores internautas.


A paz do Senhor.

23 Fatos relatados em número de "dois"


Texto bíblico: Eclesiastes 4.9

A fim de destacar em síntese tais fatos relatados, segue conforme abaixo: 

Na vida conjugal e familiar: 1- Um homem e uma mulher,(Adão e Eva), 2- Caim e Abel. Gn. 2.22-25;4.8

Em um nascimento: 3- Jacó e Esaú Gn.25.24,25

Nas etapas de uma conquista prometida(Jericó): 4- Os dois espias enviados por Josué. Js.2.1

Na vida amigável e fraternal: 5- Jônatas e Davi. I Sm. 18.1-4

Em um combate decisivo: 6- Davi e Golias. I Sm.17.32,48-50

Na vida amigável e ministerial: 7- Elias e Eliseu. II Rs.2.1-15

Na vida amigável e familiar: 8- Noemi e Rute em Belém. Rt.1.16

Na vida familiar: 9- As duas mulheres julgadas pelo rei Salomão. I Rs.3.16-27

Na vida financeira comparada à vida espiritual: 10- Os dois devedores. Lc.7.41-42   

Na auto-justificação(arrogância) e auto-humilhação(arrependimento): 11- A parábola do Fariseu e o publicano, 12- O filho pródigo e o "filho mais velho". Lc.15.11-32;18.9-14

No sobrenatural: 13- Jesus e Pedro andando por cima do mar. Mt.14.29

Na ênfase contraditória da vida após a morte: 14- O rico e Lázaro. Lc.16.19-31

Na crucificação: 15- Os dois ladrões ladeados a Jesus. Mt.27.38

No evangelismo coletivo e individual: 16- A grande comissão enviados de dois em dois, 17- Jesus e a mulher samaritana, 18- Jesus e a mulher adúltera. Lc.10.1; Jo.4.7;8.9

No contexto da ressurreição de Jesus: 19- Pedro e João indo ao sepulcro. Jo.20.3-10

No testemunho celestial da bendita esperança(vinda de Jesus): 20- Os dois varões vestidos de branco. At.1.10

 No percurso e no propósito cristão: 21- Pedro e João indo ao templo orar. At.3.1

No sofrimento, oração, louvor e adoração: 22- Paulo e Silas na prisão. At.16.25

No ministério profético e escatológico: 23- As duas testemunhas que atuarão na segunda metade da tribulação. Ap.11.3-8


Paz do Senhor.

O perfil dos "lobos" eclesiásticos na época de Jesus e dos apóstolos


Texto bíblico: Atos 20.28-31

Ao expor o assunto em apreço, ressalto e reforço desde já, que não é nossa intenção "provocar", "perseguir"ou até mesmo "atacar" quaisquer que sejam obreiros ou líderes do segmento religioso atual.

Uma vez que os objetivos são, desenvolver o assunto dentro do arcabouço bíblico, a fim de compreendermos mais a fundo, não o que penso ou o que tenho a falar, mas o que a bíblia nos fala e nos ensina sobre isso, e assim sendo, veremos a maneira como tais personagens se caracterizavam e se conduziam junto ao rebanho, porém em torno de seus próprios interesses, conforme as referências textuais nas quais serão identificados.

Dito isto, acho importante fazer junto ao leitor, uma breve, consciente e mútua reflexão mental, acerca da aplicação e abrangência secular deste assunto, uma vez que continua a existir e se contextualiza além do segmento religioso, contudo, evitei a inclusão de comentários da atualidade, visto já ter esclarecido a intenção e objetivos desse post.   

Vamos a bíblia, a presença de tais personagens já era real nos tempos de Jesus, mas se intensificou ainda mais após a sua ascensão(partida ao céu), período do surgimento e do contexto consideravelmente crescente da igreja cristã, formada por judeus e gentios; O cristianismo estava então, ganhando forte aceitação de povos com cultura judaica e filosófica bastantes afloradas na época.

É nesse contexto ideológico, cultural e pluralizado(de crenças, de ensinos, de costumes, de tradições, de práticas e de estilos de vida), e contraditório as doutrinas essenciais do cristianismo, que as cartas apostólicas são escritas e enviadas as igrejas, também com um  perfil apologético, ou seja, em defesa da fé cristã(zelo, cuidado, compromisso pastoral com o rebanho, explicação e aplicação doutrinária para aprofundamento, alerta, resistência e perseverança cristã, bem como refutação e rejeição dos ensinos e práticas ora disseminados por tais lobos eclesiásticos, assim os apóstolos os combatiam e inibiam, por entenderem o perigo e ameaça que tais personagens representavam para a igreja cristã de então.

É importante que se diga, os apóstolos não objetivavam "os combates em si", tais reações eram consequências secundárias, ocorridas e necessariamente coibidas dentro de um contexto de fatos prioritários em relação a igreja(bem maior), visto que após fundá-las, eles primavam pela manutenção, crescimento e amadurecimento desta, com instruções exortativas, edificantes e consoladoras, com vista vindoura na bendita esperança da vinda de Jesus e de uma vida gloriosa com Ele na eternidade. I Cor.4.14; II Cor.11.2; Gl.4.19; Cl.1.28,29   

Vejamos a seguir:

1- Seus sérios títulos(sinônimos)

Comumente conhecidos, usuais e alguns até bíblicos, denominados a tais personagens(lobos devoradores, falsos apóstolos, falsos profetas, falsificadores da palavra, promotores de heresias, heréticos, agentes de satanás, operários de satanás, emissários de satanás, obreiros fraudulentos, mercadores da fé, gigolôs da fé, doutores do engano, falsos doutores, falsos mestres etc...).

2- Seus disfarces

Aparência de ovelha(por fora), mas verdadeiros lobos(por dentro). Mt. 7.15-23; Jo.10.11,12; Transfiguram-se apóstolos de Cristo, porém com aparência camuflada. II Cor.11.13 

Observe que pela aparência diz o dito popular, "as aparências enganam", mas Jesus estabeleceu um critério de identificação mais profundo, que avaliava além das aparências; baseado em um breve discurso despertativo e analógico a natureza, Jesus disse: Pelos frutos os conhecereis(ações, influências e interesses), acrescentou ainda, visto que toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.

Outra característica contrastante no livro de João, é a analogia de aplicação prática e imediata, sobre dois personagens comuns da época(o pastor e o mercenário), segundo o texto, o pastor se auto-sacrifica pelo rebanho, a tal ponto de arriscar a própria vida para salvaguardar as vidas das ovelhas, enquanto que os mercenários não oferecem a mínima ação sacrificial, uma vez que estão motivados pelos seus próprios interesses pessoais e nunca pelas necessidades do rebanho. Jo.10.1-14; II Cor.2.17; II Pe.2.1-3 

3- Suas estratégias

Sutileza, astúcia, oportunismo, oratória e persuasão, aplicadas nos seus discursos para com o rebanho(uso de palavras bem elaboradas, polidas, atrativas, impressionantes e convencedoras). Rm.16.18; I Cor.2.1,4,5,13; Ef.4.14; Col.2.4

4- Seus artifícios

O legalismo judaico e as filosofias do saber humano, notoriamente cultivados, discursados, debatidos e aclamados no mundo de então(judaico/grego-romano). Col.2.8,16,17,18; cito ainda como referência integral a carta aos Gálatas(conhecida como a "Carta da Liberdade"), em razão das influências e das tendências do legalismo praticado pelos judaizantes no seio da igreja, apesar de cristã, mas formada de povos extremistas em suas tradições(judeus e gentios).   

4.1- No aspecto do legalismo judaico

Podemos enfatizar em breve linhas, os escribas(doutores da lei) e fariseus(adeptos), visto que ensinavam e praticavam um mero e incoerente formalismo religioso, vazio e sem essência, até tinha aparência, mas não produziam frutos bons, Jesus os reprovou seriamente ao chama-los de "sepulcros caiados"(davam ofertas/esmola, praticavam jejuns, orações e discursavam bem a lei), mas tudo não passava de religiosidade fria e morta(hipocrisia, falsidade), nestes não havia verdadeiro conteúdo espiritual altruísta e autêntico, posto que suas próprias ações por si mesmo os reprovavam (amavam serem vistos pelos homens, galgavam os primeiros lugares nas sinagogas e gostavam quando chamavam-no de rabinos) Mt.6.2,5,16. 

Apesar disso, seus ensinos legalistas em si(lei moral), eram dignos de aceitação pública, tanto que o próprio Jesus recomendou atenção e obediência a tais ensinos por eles ministrados, porém com uma ressalva: Ouvir e praticar o que eles ensinavam acerca da lei, mas não proceder como eles procediam! Mt.23.2-7

Indo adiante, precisamente na era da igreja primitiva, os falsos mestres ensinavam a suficiência da lei cerimonial, a guarda do sábado, o comer alimentos puros e a circuncisão, razões pelas quais Timóteo e Tito foram orientados por Paulo em relação aos tais, bem como a correta postura de ambos frente a disseminação de tais ensinos. Tt.1.10,11;3.9-11

4.2- No aspecto filosófico

Apesar dos gregos cultivarem a crença politeísta na religião( adoração idolatra e pagã aos deuses mitológicos e até mesmo aos imperadores), crença esta, bastante tradicional no mundo antigo como um todo e também enfrentada nas cartas apostólicas; Mas voltando a filosofia, os gregos por assim dizer, "respiravam" sabedoria, haja vista os inúmeros discursos e debates que ocorriam no areópago(tribunal) em Atenas; Eles por vezes, eram estimulados pelas buscas e descobrimentos de novos saberes meramente egocêntricos e altivos, uma vez que não discursavam sobre a pessoa de Jesus, tais saberes apenas giravam em torno de suas próprias razões humana(intelecto, inteligência, racionalidade). At.17.16-22; I Cor.1.22,2.6

O pastor/servo dos gentios(Paulo), foi por vezes provocado e rebaixado por estes falsos mestres do "discurso impressionante", por pregar a simplicidade do evangelho da cruz, mas já diz um dito popular: Gaiola bonita não dá comer a canário!

 Afirmavam eles, para a própria igreja da qual Paulo era o fundador(Coríntios), que por carta até que a mensagem deste era forte, mas pessoalmente o apóstolo era fraco, tanto nas mensagens que ensinava quanto no apostolado que desenvolvia, uma vez que por amor ao evangelho, padecia e sofria das mais diversas maneiras e nas mais diferentes circunstâncias. II Cor.10.10; 11.19-30; 12.10.  

Tomemos por exemplo a cruz como método de tortura, sofrimento e execução penosa, confinada aos mais miseráveis pecadores; E vejamos a reação dos gregos no uso de suas filosofias, interpretarem loucamente a crucificação de Jesus(com vergonha, desprezo, humilhação e fraqueza), não por acaso, o apóstolo Paulo refuta e contrasta categoricamente, a futilidade dessa filosofia(sabedoria humana) em detrimento a sabedoria de Divina, afirmando e se auto-declarando não se envergonhar do evangelho e da cruz de Jesus(fonte do poder de Deus para a salvação dos Judeus e também dos gregos) Rm.1.16; I Cor. 1.18,23,24;2.4,5

Por falar de sofrimento e humilhação, os "sábios filósofos" também repugnavam tal realidade humana, mas Deus em sua elevada sabedoria, ilógica e incompreensível à mente humana, decidiu começar a salvar justamente os mais pobres, vis e desprezíveis pecadores da época, lembremos a exemplo do contexto da lei judaica, a tamanha revolução gerada na corte religiosa, após Jesus priorizar e oportunizar o reino de Deus à tais "grupos" sociais, e ainda sentar para comer à mesa com eles. Embora todos estivessem incluso no plano da salvação, foi primeiramente por estes, que o evangelho(sabedoria de Deus) se manifestou. Mt.9.10-13; I Cor.1.27-29

A ressurreição de Jesus também era desacreditada, tanto pelo ensino dos saduceus que a negavam, quanto pelas influências filosóficas(o gnosticismo/dualismo), tal doutrina ensinava que o físico era má, logo a ideia de um corpo ressurreto era repulsivo e inaceitável. I Cor.15.12-19

Porém, não acreditar na ressurreição comprometia toda uma sequência de ensinos práticos da vida cristã, haja vista o apóstolo Paulo descrevê-los, vejamos:

Não havendo ressurreição(1-Cristo não ressuscitou, 2- É inútil a pregação do evangelho, 3- É inútil a fé, 4- Somos falsas testemunhas, 5- Permanecemos condenados em nossos pecados, 6- Os que morreram em Cristo estão perdidos).                   

Como visto, ambos aspectos (legalista e filosófico), acima pontuados como artifícios de tais personagens, contrariavam, confrontavam, rejeitavam e negavam as premissas doutrinárias do cristianismo, tais como exemplo: A divindade de Jesus, sua encarnação, humanidade, santidade e ressurreição.

5- Seus objetivos e consequências

Enganar, cauterizar, impressionar, iludir, seduzir as mentes com discursos capciosos, levar os membros a depositar confiança e aceitação nas doutrinas distorcidas e por eles discursadas, com isso atrair e preparar grupo(adeptos) após si ou para si, atacar, caluniar, inferiorizar e lançar a reputação da liderança ao descredito, desviar e conduzir o povo a um estado de desobediência, contenda, rebeldia, rebelião, divisão, perversão e adultério intelectual, moral e espiritual, bem como ao completo afastamento e abandono da fé cristã(apostasia). Ap. 2.14,15; A fim de se obter resultados pessoais egoístas, ambiciosos e avarentos. Mc 11.17.

Por mencionar o termo apostasia(abandono e rejeição da fé, de modo consciente, frio e pré-meditado e ao mesmo tempo, aceitação e apreço por outros ensinos controversos), a epístola de Judas nessa temática serviu e serve como um breve "manual apologético", uma vez que conclamava um chamado imperativo e exortativo para prudentemente batalhar, defender e salvaguardar as verdades salutares do evangelho.        


Conforme enfatizei nos parágrafos iniciais, as intenções e os objetivos desse post, finalizo a seguir com algumas considerações.

Como visto ao longo dos tópicos comentados e referenciados, esse assunto era de fato bastante notório no contexto do N.T e até mesmo no A.T, a exemplo os inúmeros falsos profetas. 

Relembro ao leitor, apesar de não comentar a aplicação e abrangência desse assunto em nossos dias atuais, não o isento de tal contexto, uma vez que tanto no segmento religioso como em quaisquer outros segmentos, sempre existiram homens falhos e pecadores assim como nós; Não se procura rastos de anjos aonde os humanos pisam, porém não seria coerente se apropriar da tal fragilidade humana, para "fundamentar" a prática de um viver pecaminoso e passivo, como se não existisse a mínima possibilidade de mudança; Lembrando que fomos dotados de razão e capacidade de escolha(livre arbítrio), mas faço aqui uma consideração importante e que não mencionei mais a fundo ao longo deste post, diz respeito as influências hostis de batalhas espirituais, travadas simultaneamente e intrinsecamente no campo da nossa existência física, isso significa dizer, que além da frágil natureza adâmica influenciar diretamente a razão(sabedoria) e a livre escolha humana, tais influências também tem interferências, perceptíveis ou imperceptíveis, reveladas ou ocultas; Haja vista o apóstolo Tiago atribuir a sabedoria (facciosa, invejosa, mentirosa e egocêntrica) a uma natureza terrena, animal e diabólica! O apóstolo Paulo exortou o jovem obreiro Timóteo quanto a apostasia de alguns motivada por espíritos enganadores e doutrinas de demônios, também alertou a igreja de Éfeso quanto a presença de uma batalha espiritual ocorrendo no mundo material, a partir da qual, ele faz uma analogia militar, enfatizando a urgente necessidade de preparação(uso de munição espiritual defensiva e ofensiva), vigilância, luta, perseverança e firmeza. Tg.3.14,15; Tm.4.1,2; Ef.6.10.18

Contudo, há uma promessa de Jesus(arquiteto, fundador e proprietário), para a sua igreja amada(noiva), "as portas do inferno não prevalecerão". Mt.16.18; Hb. 10.23     

A exemplo, o próprio testemunho do apóstolo Paulo outrora "Saulo de Tarso", um judaizante radicalmente zeloso, conhecedor do legalismo judaico e da filosofia grega, de perfil ferrenho, perseguidor da igreja cristã, implacável oponente da obra e do fundador desta, literalmente um "lobo" faminto e devorador que "respirava" ameaças contra o rebanho, embora em contextos diferentes dos lobos eclesiásticos acima citados, bem como seus objetivos também já identificados.

Contudo, o fato marcante e "divisor de águas", foi o súbito encontro que o Senhor Jesus(dono da igreja), teve com o até então Saulo no caminho já perto de Damasco(ocasião de sua conversão à fé cristã), conversão esta bastante suspeita e duvidosa pelos judeus, decorrente de seu temido perfil; Inicialmente, seu ofício apostólico também foi alvo de censura e insegurança, mas depois aceito e reconhecido pelos seus pares e pela igreja, visto que teve uma experiência real e pessoal com Jesus(requisito ao apostolado), este por sua vez, literalmente mudou a sua vida, de Saulo para irmão Paulo, de arrogante para humilde, de perseguidor para perseguido e de "lobo" para pastor/ovelha.
Mt.19.26; Hb.13.8; Rm.10.9,10; Pv.28.13

A paz do Senhor.      

 

As 03 manifestações da morte

Texto bíblico: Gênesis 2.17

Na presente passagem a bíblia enfatiza o termo morte no sentido de separação de Deus, mas não obstante, após pecar o homem comprometeu sua comunhão salutar com Deus(dispensação da inocência), e o fato é que o termo morte se manifestou em 03 diferentes níveis de separação ainda muito mais grave, vejamos:

1- Morte espiritual

Após pecar, Adão e Eva continuaram vivos, pelo menos fisicamente e temporariamente, mas o fato é que estavam mortos espiritualmente, e tal morte recaiu sobre todo gênero humano, uma vez que o casal era nosso representante original. 
Essa primeira manifestação da morte é o que conhecemos como o estado atual daqueles que ainda não entregaram suas vidas para Jesus, o declarando publicamente como o único e suficiente Salvador e Senhor. Gn.3.22-24; Ez.37.1-14; Lc.9.60; 15.24; Ef. 2.1,5,6

2- Morte física

Ainda falando de Adão e Eva, outro fato real é que ambos um dia morreram, essa segunda manifestação da morte, é entre os humanos a mais natural e notória de todos os tempos, embora contraditória ao anelo pela vida, temos que admitir, todos estão sujeitos a enfrentá-la, independente do que somos ou do que temos, e por assim falar é propício mencionar o até então, presente e terrível vírus mortal e de nível mundial, nunca ocorrido antes(COVID-19 com início no ano 2020), o qual dispenso comentários, visto que segundo as mídias, o número de óbitos registrados já contabilizaram mais de 2 bilhões de vitimas!   

Entendemos tal morte, como sendo o término das atividades vitais do corpo humano.
Poderíamos recitar inúmeros textos para dá ênfase a um comentário maior nesse tópico, mas por hora deixo apenas alguns: Ez.18.32; Rm.5.12; Hb.3.7,8;9.27; Lc 16.22-31

É importante afirmar que a decisão de aceitação a fé salvífica(com base na obra substituta de Jesus), deve ocorrer antes dessa manifestação mortal, ou seja, enquanto tivermos vida, subtende-se ainda, enquanto tivermos tempo, visto que segundo o texto, após tal morte segue-se ao juízo, e tal juízo não irá dispor de misericórdia; Considerando que a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, sem exceção(dispensação da graça). Tt.2.11

"Se com a tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo; Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação". Rm. 10.9,10.   

3- Morte eterna

Esta última manifestação, segundo o contexto apocalíptico(livro da revelação vindoura), tal morte não se trata apenas da separação eterna de Deus, mas também de um castigo eterno, também conhecida como segunda morte, a qual não terá poder sobre os participantes da primeira ressurreição. Ap.20.6

 
Pontuei acima as três diferentes manifestações da morte, com o breve e básico objetivo de expor e definir a temática de tal assunto.
Considerando contudo, o vasto conteúdo bíblico, possível de exploração e aprofundamento por parte do leitor.
Mas o que fica compreendido até aqui, é que o homem naturalmente está sujeito a morte, seja no aspecto físico ou espiritual, e mesmo que esteja vivo fisicamente, pode também está morto espiritualmente, havendo portanto uma urgente necessidade de vivificação(regeneração), ou melhor, ressurreição espiritual mediante a fé na obra gratuita do segundo Adão(Cristo). Jo.10.10;11.25;14.6; II Cor. 5.14,15; I Pd.3.18; Rm.5.14,19;6.23; Ef.2.5,6,8.


A paz do Senhor.

Culto de ações e graças por mais um ano natalício

Foto do bolo decorativo, produzido pela confeiteira irmã Zilanda. Celebração do 5º culto de ações e graças, de mais uma data natalícia do 2°...