Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis, e se alguém pecar, temos um advogado para com o pai, Jesus Cristo, o
Justo.
Leiamos a frase de um teólogo: ”Não posso evitar
que um pássaro pouse em minha cabeça, mas posso evitar que este faça um ninho
nela”.
O que é pecado? Quais os seus estímulos? Quais as
práticas que o caracteriza? Quais as conseqüências? Quem é o seu alvo? Por meio
de quais elementos Deus prova a seriedade de tal assunto? Tentarei responder
cada uma dessas questões dentro de uma visão bíblica, com o objetivo de mostrar
a relevância e a seriedade do pecado para a vida da sociedade pós-moderna, cujos
movimentos filosóficos como o relativismo (não existe uma única verdade, tudo é
relativo) e a liberalidade (não há proibição, tudo é permitido desde que você
sinta prazer e satisfação), esses conceitos se propagam a cada dia,
contribuindo lamentavelmente para a falta de temor e vergonha de pecar contra o
seu criador.
Comparando tais movimentos a semelhança de uma corrente,
vejamos como funciona a ligação desses elos: Não existindo uma única verdade, tudo
é permitido. Infelizmente essa é a realidade do homem que busca
deliberadamente, se distanciar de Deus e se aproximar do pecado, a narrativa
bíblica a partir do Gênesis nos mostra o declínio moral e espiritual do homem
que apesar de caído, sua audição e sua mente continuavam sensíveis para o seu
criador, quando ouviram Sua voz, sentiram medo, se esconderam por entre as
árvores do jardim, tentaram cobrir-se com as folhas de figueira até que não
houve como continuar em silêncio face à pergunta do seu criador.
O desejo de olhar (concupiscências dos olhos), o desejo
de fazer (concupiscências da carne) e o desejo de ter (soberba da vida), foi o
princípio que pouco a pouco foi destruindo a sensibilidade humana quanto ao
pecado; O agente final da tragédia não foi o adversário, mas o sucumbir à
tentação forjada e estimulada por este, contudo, vale lembrar que ele só foi
capaz de agir nas influências e não no ato.
Considerando a queda e os efeitos desta, a natureza
humana representada por Adão e Eva, fez de seus descendentes um ser semelhante
a um vaso quebrado, mas que cujos cacos o oleiro sabia o que fazer, para o
inimigo o homem estava perdido, mas para Deus o homem seria restaurado, como
prova da Sua justiça, santidade, amor, misericórdia, longanimidade e fidelidade
(na primeira ação Ele criou e deu vida terrena a partir de Adão, na segunda ação
Ele restaurou e deu vida eterna a partir de Cristo, I Coríntios 15.47-50), o homem
teve o privilégio de receber em seu interior, a natureza espiritual, misteriosa,
perfeita, invencível e eterna, para que a excelência do poder seja de Deus, II
Coríntios 4.7, a teologia denomina esse milagre de “regeneração” (o nascimento
espiritual, para uma vida espiritual, com qualidades espirituais, pensamentos
espirituais, palavras espirituais e práticas espirituais, II Coríntios 5.17, um
paradoxo à natureza Adâmica), o homem estava caído, condenado e morto, mas foi levantado,
justificado e vivificado pela natureza de Cristo, Romanos 5.12-18.
A natureza humana após a queda tornou-se
imperfeita, fraca, vulnerável, perecível e limitada, Mas em Cristo temos esperança
de alcançar um futuro promissor baseado em Suas promessas, apesar de nossas
múltiplas imperfeições, lá chegaremos à estatura de varão perfeito! Efésios
4.13, I Coríntios 15.53.
Enquanto seguimos esperançosos, farei um breve
comentário dos termos abaixo, distribuídos nos dez pontos a seguir, a fim de
percebermos suas relações decisivas quanto à seriedade do assunto em questão:
Pecado, estímulos, tipos, práticas, leis, proibições, punições,
conseqüências, adversário, graça, arrependimento,
confissões, perdão, reconciliação, santificação, purificação, justificação e
salvação.
1º Pecado: É uma (contradição, depravação, maldição, transgressão,
violação e ofensa) contra Deus e a Sua lei moral, considerando a perfeição de Sua
natureza que não comunga e nem faz indiferença para o pecado; Deus o julga por pelo
menos 08 razões: 1º Exaltação do Seu poder, 2º Santidade, 3º Justiça, 4º Amor,
5º Cumprir Sua palavra; 6º Por o pecado ser mau, 7º ameaçador e 8º destruidor.
2º Estímulo: O
estímulo do pecado é a tentação, basta lembrar que antes de nossos pais praticarem
o ato proibido, eles primeiro foram tentados, infelizmente esse estimulante tem
atuado com ímpeto devastador, a cada dia o homem continua sendo atraído e caído
no pecado, os relatos bíblicos ensinam que o pecado e a tentação foram imputados
na própria natureza humana, Romanos 7.14-25. I Coríntios 10.13.
3º Prática: a mulher de
Potifar deveria manter um compromisso de fidelidade com seu esposo, mas ao
fixar seu olhar na formosura do jovem José, a natureza humana logo foi despertada
pelos desejos desenfreados dos olhos e da carne, ela seguiu exatamente a mesma
atuação categórica ocorrida no jardim e que resultou na queda humana (olhou,
desejou, tentou possuir), mas felizmente não conseguiu, apesar de que, quem
estava próximo era um jovem escravo que também estava sujeito aos mesmos
desejos, por ser servo de Deus preferiu correr e se afastar do pecado que tão
de perto o rodeava, do que comungar e corresponder à mesma tentação que atuava
nela; É interessante notarmos ainda que do ponto de vista da mulher, o cenário era
conveniente para o pecado, o esposo não estava em casa para atrapalhar o
momento a sós, tinha uma cama para se deitarem e José era um jovem que apesar
de escravo, era bonito e formoso.
Se tal tentativa fosse praticada, pelo menos cinco
pecados viriam à tona (infidelidade, cobiça, prostituição, adultério e ofensa
contra Deus e Sua palavra), estes se relacionam aos tipos, logo vistos adiante;
Apesar de José não ter caído e ter mantido sua integridade moral e espiritual,
a mulher que era réu continuou pecando deliberadamente quando se passou por
vitima e pelo menos mais dois tipos de pecados foram revelados (ódio e calúnia)
contra José.
Todavia, vejamos algumas razões pelas quais, José
não cedeu: 1º Fidelidade a Deus e as Suas promessas e 2º Fidelidade a confiança
do seu amo e respeito a sua ama (se esta como esposa não conseguiu ser fiel, José
como servo o foi).
Porém nem sempre os servos de Deus tiveram êxodo frente
ao pecado, por exemplo, Davi não conseguiu resistir à tentação que a principio
começou com a atitude de um olhar que logo culminou para a prática; Diante do ameaçador
e destrutivo Golias, Davi demonstrou coragem e habilidade no combate, porém
diante do pecado, se quer houve combate, uma vez que este o rendeu começando
pela visão, o pecado não respeitou sua coragem, habilidade e autoridade monarca,
assim como não respeitou a força de Sansão nem sabedoria de seu filho Salomão.
Davi, apesar de ter sido escolhido, ungido para o
reinado, servo de Deus e um homem segundo o coração de Deus, em uma tarde se
levantou da cama para passear no terraço do palácio, enquanto isso viu uma cena
que logo despertou o primeiro pecado, em seguida a prática de outros (cobiça adultério,
falsidade e homicídio); Ele não era um super crente, um super homem, um super
santo, ele era um homem, cuja natureza imperfeita o fez cair à semelhança dos
demais, II Samuel 11.1-25.
Há outro relato de Davi cometendo mais um pecado
(orgulho), quando exigiu o senso sem autorização de Deus e logo sobreveio punição
perante a nação da qual era responsável, II Samuel 24.1-25, mas é bom sabermos
que Davi não permaneceu caído e que o mal também não permaneceu em sua vida,
salmos 37.23,24, quanto ao último pecado, podemos citar ainda, o caso do rei
Uzias (começou bem, mas infelizmente não terminou bem, movido pela arrogância
cega, pensou que devia assumir o ofício sacerdotal, entrar no templo e oferecer
um serviço sagrado ao Senhor, logo foi instruído a sair do templo, mas por
insistir no erro Deus o puniu com uma enfermidade no membro mais elevado do
corpo e este morreu leproso; Naamã, Deus teve vontade de curar a enfermidade e
perdoar um pecado semelhante a esta (orgulho); Nabucodonosor (rei da Babilônia,
este apenas falou consigo mesmo, porém suas palavras foram um tanto prepotente,
logo veio à punição de Deus, o rei perdeu os privilégios de viver no palácio e
foi para o campo, viver como os animais, até reconhecer a soberania de Deus
sobre seu reinado).
4º Tipo: a bíblia
descreve uma lista extensa, uma vez que tal assunto é um fator que compromete
literalmente a comunhão e o destino do homem com ou sem Deus, Gálatas 5.19-21, apocalipse
21.8, podemos citar apenas alguns com uma breve definição e os respectivos
personagens que praticaram tais pecados, vejamos:
Idolatria (adoração e devoção prestada a um suposto
deus ou até mesmo ao homem, ex: as nações contemporâneas a Israel e
infelizmente até o próprio Israel, devido à influência dos egípcios na época da
escravidão).
Profanação (Falta de respeito e consideração com as
coisas sagradas, ex: o rei Belsazar e infelizmente o rei Úzias, os sacerdotes
filhos de Eli e outros contemporâneos aos profetas Elias, Malaquias e Jeremias,
no novo testamento, os negociantes também caracterizaram esse tipo de pecado
dentro do templo, mas logo foram repreendidos pelo Senhor).
Murmuração (reclamação contra Deus, normalmente por
algum problema de ordem meramente material, como se a vida existisse apenas no
âmbito terreno e secular, é difícil alguém reclamar com Deus por falta de fé,
de perseverança, de esperança, de confiança, de coragem, de força, de alegria e
de paz).
Avareza (o amor devido unicamente a Deus é
oferecido ao dinheiro, ex: Acã, Jeazi, o jovem rico, o homem louco, Ananias e
Safira).
Inveja (é o desejo de possui o que o outro possui e
ser o que o outro é ex: Saul, Corá, Abirão e Datã,
Homicídio (é o ato de tirar a vida alheia, aparece logo
após a queda no jardim como o primeiro de tantos outros que surgiriam no
decorrer da história humana, o instinto violento e assassino estava arraigado
na natureza de Caim, uma vez que este se levantou contra o seu próprio irmão
Abel e o matou) Gênesis 4.8, acerca de tal pecado, a história bíblica nos
ensina que seu poder de atuação foi tão extensivo que alcançou toda a nação de
Nínive, apenas uma mensagem profética de amor e justiça proveniente de Deus poderia
levar tal nação a uma urgente mudança de atitude, Jonas 1.1-2.
Mentira (bastante praticada, a partir desta outros
pecados são encobertos, não costuma atuar sozinha, uma vez que o pecado é um
erro que o homem tende a praticá-lo em oculto, a mentira “garante” uma espécie
de esconderijo, porém diz a bíblia que nada há em oculto, que não seja
revelado, nenhum homem no uso de tal pecado conseguiu se esconder ou fingir, uma
vez que a verdade sempre o alcançará mais cedo ou mais tarde, nessa vida ou na
outra, não existe alternativa se não, se render a verdade, ex: Jeazi, Saul,
Amon, Jacó, Ananias e Safira), Salmos 139 e Provérbios 28.13.
Lesbianismo (é a prática sexual entre pessoas do
sexo feminino, basta consideramos o princípio da união instituída por Deus,
como heterogênica (macho e fêmea), ou seja, um homem e uma mulher).
Homossexualismo
(é a prática sexual entre pessoas do sexo masculino, conforme comentado no
lesbianismo, Levitico 20.13).
Desobediência (aqui chegamos ao tipo de pecado mais
abrangente, uma vez que está presente em todos os pecados cometidos e mais
ainda, quando não se faz o que Deus ordena).
5º
Lei, proibição e punição: Os dez mandamentos revelam
a seriedade de Deus (para cada pecado, uma proibição) o pecado foi à razão pela
qual Deus instituiu a lei moral, a princípio escrita em tábuas de pedra, quebradas
por Moisés em razão dos pecados de Israel diante do bezerro de ouro, repare a
atuação do pecado, em Moisés a ira, no povo a rebelião e a idolatria, contudo
Deus reescreveu para Israel, mas Seu objetivo era escrevê-las no coração do
homem a fim de este guardasse a lei para não pecar contra Ele, Salmos 119.105,
Provérbios 4.21-23, Jeremias 31.33, Ezequiel 11.19, 36.26-27, Lucas 8.15, Mateus
5.27,28, II Coríntios 3.3, Hebreus 8.10.
Quando o homem pecava, se fazia transgressor da lei,
sua culpa era inegável, só o legislador poderia poupá-lo temporariamente com
base em Sua lei sacrifical, a fim de conduzir o culpado até a nova aliança (a
graça), Gálatas 3.19,24, com a chegada do cordeiro de Deus que de uma vez por
todas tiraria o pecado do mundo, João 1.29, purificaria o homem e deixaria
franca à entrada até a presença de Deus.
A rejeição desse único meio de salvação, Atos 4.12, terá implicações
irreversíveis face à vida pós-morte, Efésios 5.5, diante
do maior julgamento já existente em toda história da humanidade (o juízo
final), o juiz julgará e punirá cada indivíduo, segundo as suas obras, cada
pensamento, cada palavra, cada prática, nada e nem ninguém poderá escapar ou
apelar para a tão grande salvação, Apocalipse 6.17, 20.11-15, uma vez que esta
foi outorgada para aceitação ainda em vida terrena, Hebreus 9.27; Poderíamos citar
vários exemplos bíblicos para continuar falando sobre tal assunto, foi assim
com os personagens acima citados, com Adão e Eva, com nosso adversário, no
dilúvio, com as nações Sodoma e Gomorra e até mesmo com Israel, Naum 1.3.
6º Após o pecado, logo as conseqüências
vem à tona, vejamos algumas:
Medo, Gênesis 3.8,10, Josué 7.21, tristeza, Salmos
51.1, escravidão, João 8.34,36, condenação Romanos 8.1,34 morte física Gênesis
3.19, Josué 7.25, Atos 5.5,10, Daniel 5.27,30, Romanos 6.23, morte espiritual
Efésios 2.1, e morte eterna, Apocalipse 20.6,14,15.
7º Adversário: Quando
pecamos ficamos vulneráveis e sujeitos a toda espécie de ataques adversos à
nossa vida, aqui é bom não esquecermos que o adversário é um ser extremamente
oportunista e feroz, certamente se aproveitará nesses momentos para se
aproximar e tentar nos destruir, apesar de não ser um leão, vive de modo
semelhante, buscando a quem possa matar, repare que tanto o pecado quanto o
adversário possui propósitos idênticos (a morte do pecador e a separação eterna
do seu Criador), Efésios 4.30, I Pedro 5.8, vigiemos! O mandamento é não pecar,
todavia, se durante nossa jornada rumo a Canaã celestial, falharmos, tropeçando,
caindo e se ferindo, tão logo apelemos para o pronto socorro de Deus, antes que
o sol se ponha e venha o anoitecer!
8º Graça: Um dom imerecido
que Deus outorga para o homem ainda na condição de pecador, Romanos 5.8, aqui
nos valermos do sacrifício vicário de Jesus, suficiente, perfeito e eterno, por
meio do qual Cristo tomou sobre si os nossos pecados (jamais merecíamos tal
representante) e por estes Ele foi preso, julgado, como inocente foi considerado
culpado, condenado, coroado, esbofeteado, cuspido, crucificado, morto, contudo
ressuscitado, Isaías 53.4-12; A justiça de Deus foi completamente,
perfeitamente e eternamente satisfeita, Romanos 5.20, 6.1,2.
9º Deus cumpriu o Seu plano
prometido desde a queda de nossos pais, Gênesis 3.19, com justiça e amor, a fim
de que o homem o aceite com lágrimas, arrependimento, confissão
para perdão dos pecados e reconciliação com Deus, Salmos 51, Provérbios
28.13, I João 1.8,9, mesmo que o pecado endureça o coração e haja
incredulidade, o Espírito Santo em harmonia misteriosa com a palavra está
disposto a ajudar, com dinamismo e interatividade espiritual, no pregador, com
unção, autoridade e inspiração, no homem pecador, com convenção, quebrantamento,
arrependimento, regeneração e santificação João 16.8,9, Hebreus 4.7,
Efésios 4.18, uma vez que o pecado do homem também o entristece, A trindade
Divina está disposta a restaurar o homem do seu vergonhoso, desprezível e
lamentável estado pecador, até o céu está preparado celebrar uma festa ainda
que por apenas um pecador arrependido, Lucas 15.7, uma vez que o preço pago
pela liberdade deste foi o sangue de Jesus que o purifica de todo
pecado, I João 1.7, I Coríntios 6.19,20, I Pedro 1.18,19.
10º Justificação e salvação: Após várias citações bíblicas concernentes ao assunto em questão,
nesse último ponto faremos uma releitura do texto base para enfatizar a
presença de dois termos essenciais quanto à seriedade do pecado, 1º Escrituras: Entre
seus objetivos, três deles é: Atuar no interior do homem, a fim de guardá-lo do
pecado que ofende a Deus, purificá-lo e santificá-lo, Salmos 119.9,11, João
17.17, 2º Advogado: esse termo nos possibilita uma compreensão mais séria
quanto à doutrina da justificação, uma vez que abre o leque semântico para
pensamos nos outros termos de caráter judicial: (causa, tribunal, audiência, réu,
vitima, testemunhas, autoridade, juiz, lei, justiça, julgamento, condenação,
penalidade, justificação, liberdade) com referência ao Juiz, Apocalipse 19.11.
Você já parou para pensar nisso? Do ponto de vista
divino, o quanto nossos pecados foram agravantes? somente a autoridade divina,
no uso de sua justiça e santidade impecável, poderia libertar o réu de tal
aprisionamento espiritual, e declarar: TETÉ LESTAI! Palavra de origem grega que
quer dizer: ESTÁ CONSUMADO, João 19.30. Segundo a história esse termo era
pronunciado toda vez que uma tarefa era concluída; Em relação ao homem, Jesus
estava afirmando: Está livre, está liberto! João 8.32.
Antes de salvar, Deus nos justifica, mas até sermos
justificados, saibamos que houve um julgamento de ordem espiritual, e que o
culpado era o homem, essa verdade não pode está ausente de nossas vidas, nem
tão pouco deve ser calada, tirada ou substituída dos altares, antes de receber
a tão grande salvação, Hebreus 2.3, o homem necessita ouvir essa tão grande verdade,
a partir da exposição bíblica, a fim de que haja na consciência e no coração,
sensibilidade que provoque sentimentos de culpa por ter ofendido a Deus e o
merecimento de condenação com penas de sofrimento e morte eterna, Romanos 3.23.
Basta lê Mateus 4.17, para conhecer o caráter espiritual
da mensagem evangelística pregada a principio por João Batista, por Jesus, pela
igreja primitiva e pelos mártires que na história do cristianismo continuaram
defendendo e amando a genuína mensagem da cruz, mesmo em perigos, ameaças,
perseguições, prisões, torturas, leões, fogueiras em chamas, nada podia calar os
testemunhos vividos e as vozes ouvidas, a chama do Espírito os impulsionava a
viver como Cristo, por Cristo e para Cristo, certamente eles entendiam a seriedade
e a gravidade do pecado com respeito à vida espiritual, Atos 3.19.
Os escribas e fariseus trouxeram até Jesus, uma mulher apanhada
em pecado (adultério) com o intuito de tentarem conseguir respaldo o suficiente
para acusarem Jesus e confrontá-lo indiretamente pela lei, na ocasião havia testemunhas,
o que segundo a lei, bastava para a morte por apedrejamento, do ponto de vista
daquela mulher, certamente não havia saída uma vez que a lei a julgava e condenava,
mas do ponto de vista do advogado que também é Juiz e que portanto conhecia suas
leis, com apenas uma declaração para as testemunhas, ninguém ousou atirar pedra
contra a vítima, apesar de falarem com base na lei, suas acusações não surtiram
efeito algum contra a mulher, não que a lei houvesse falhado em sua seriedade
quanto ao pecado, aparentemente individual, mas em razão do seu uso mal
intencionado, foi necessário uma aplicação coletiva, uma vez que a lei os
dominava em suas próprias práticas e consciências pecaminosas, no âmbito
individual ou coletivo, ainda que oculta entre os homens. Romanos 3.23.
Convém considerarmos que em uma audiência, somente
o juiz possui autoridade suprema para dá a última palavra, e a
palavra foi: “Eu não ti condeno, vai em paz e não peque mais!”, João 8.1-10,
Romanos 8.1,2.
Que Deus nos abençoe com
Sua graça abundante!